segunda-feira, 1 de novembro de 2010

3º Capítulo

O senhor de bigode farfalhudo e dois caracolinhos olhou então para o rapaz, que era agora do tamanho de uma barata, e assustado tentou pisa-lo. O rapaz bem correu, mas a bota do senhor dos bigodes estava a ganhar-lhe e viu a sombra a envolvê-lo e a retirar-lhe a esperança de se safar. Enquanto corria, so conseguia pensar: "Porque fui eu tentar entrar numa casa de banho das raparigas e como é que elas conseguiram arranjar um ninja com duas palas nos olhos para guardar todas as casas de banho de raparigas no mundo?". E a bota aproximava-se...


No mesmo instante, mas num sítio completamente diferente, mexe-se um dedo, depois outro e abre-se um olho. Ouve-se um gemido de dor e o olho vê a mão que se mexe na sua frente, está cheia de feridas por sarar e algumas cicatrizes. "Tengo frio" ecoa por uma sala com azulejos brancos, com o frizo azul a 20 cm do chão. A sala tem uma porta, uma banheira e um espelho no chão. "Hablo español? Quien soy?" ecoa novamente. A figura levanta-se e repara que deve ter batido com a cabeça: o chão tem algum sangue seco e ao passar a mão ainda dormente na cabeça sente a rugosidade da crosta. A banheira está cheia de gelo e essa deve ser a razão porque tem frio. A sensação de nervoso graudinho assola-lhe a mente e olha rapidamente para o abdómen à procura de alguma cicatriz.
"Nada", pode voltar a respirar, mas devia examinar melhor o resto do corpo. Aproxima-se do espelho e agarra-o, fazendo-o subir lentamente enquanto observa que tem umas calças com lantejoulas vermelhas, mas que está de tronco nu. Nota algo vermelho no pescoço, com algumas lantejoulas ligadas e ao subir o espelho até à cara, vê uma máscara vermelha e preta de lantejoulas. "Yo, un luchador de lucha libre?!"

1 comentário:

  1. Eu acho que deveria haver uma prado cheio de malmequer e alguém a correr de braços abertos com um sorriso rasgado na face!!!

    ResponderEliminar