segunda-feira, 1 de novembro de 2010

3º Capítulo

O senhor de bigode farfalhudo e dois caracolinhos olhou então para o rapaz, que era agora do tamanho de uma barata, e assustado tentou pisa-lo. O rapaz bem correu, mas a bota do senhor dos bigodes estava a ganhar-lhe e viu a sombra a envolvê-lo e a retirar-lhe a esperança de se safar. Enquanto corria, so conseguia pensar: "Porque fui eu tentar entrar numa casa de banho das raparigas e como é que elas conseguiram arranjar um ninja com duas palas nos olhos para guardar todas as casas de banho de raparigas no mundo?". E a bota aproximava-se...


No mesmo instante, mas num sítio completamente diferente, mexe-se um dedo, depois outro e abre-se um olho. Ouve-se um gemido de dor e o olho vê a mão que se mexe na sua frente, está cheia de feridas por sarar e algumas cicatrizes. "Tengo frio" ecoa por uma sala com azulejos brancos, com o frizo azul a 20 cm do chão. A sala tem uma porta, uma banheira e um espelho no chão. "Hablo español? Quien soy?" ecoa novamente. A figura levanta-se e repara que deve ter batido com a cabeça: o chão tem algum sangue seco e ao passar a mão ainda dormente na cabeça sente a rugosidade da crosta. A banheira está cheia de gelo e essa deve ser a razão porque tem frio. A sensação de nervoso graudinho assola-lhe a mente e olha rapidamente para o abdómen à procura de alguma cicatriz.
"Nada", pode voltar a respirar, mas devia examinar melhor o resto do corpo. Aproxima-se do espelho e agarra-o, fazendo-o subir lentamente enquanto observa que tem umas calças com lantejoulas vermelhas, mas que está de tronco nu. Nota algo vermelho no pescoço, com algumas lantejoulas ligadas e ao subir o espelho até à cara, vê uma máscara vermelha e preta de lantejoulas. "Yo, un luchador de lucha libre?!"

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Continuação da História

Pessoal,

Como na próxima semana a história fica a meu cargo, peço-vos as sugestões, frisando que não precisamos só de personagens... Sugiram espaços, organizações, cores, sensações.
Dêem (Bara)largas à vossa imaginação.

Ps: Ainda vamos ser processados por fazer um Spin-off da "Alice in Wonderland" com migas.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A História - 2º Capítulo

Não se esqueçam que todas as semanas precisamos de mais sugestões vossas para a continuação desta história. As sugestões dos leitores serão sempre tidas em conta, podendo ser ligeiramente alteradas e guardadas para um episódio seguinte.


Se bem se lembram, o rapaz que apenas queria ver como era um balneário feminino, depois do percalço com o ninja, acordou numa sala que tinha uma mesa onde estavam um frasco com um líquido lá dentro, umas migas de espargos com carne de porco à alentejana e um avião de papel. Havia ainda uma portinhola pequena, por onde entram os ratos nos filmes, e um coelho com uma única perna e uma pala no olho que saiu por essa portinhola depois de beber algo e encolher.



Ainda com a voz sonante do 'ninja das palas' a sussurrar-lhe ao ouvido para seguir o coelho, o rapaz depois de ver o efeito que o líquido bebido pelo coelho teve, resolveu ir até à mesa da sala para beber o que estava no frasco. Quando ia a pegar no frasco, viu o avião de papel mexer. Diz o rapaz "Oh Diabo!" Pegou no avião e ouviu algo pequeno a gritar "Ajuda-me a voar! Anda! Lança-me pelo ar e ajuda-me a voar!" O rapaz olhou para as dobras do avião de papel e viu uma pequena barata com óculos de aviador e um ar tresloucado que continuava "Ajuda-me a voar!" Perante o espanto, o rapaz amachucou o avião de papel e deitou-o ao chão. Restabelecido deste incidente, pegou no frasco e no momento em que ia para o beber, sentiu cócegas nas pernas e viu que era a barata a subir-lhe pelas pernas acima a refilar com ele "Ouve lá! Então tu queres destruir a minha vida e a tua?! É isso?! Depois eu é que sou tonta?! Parvalhão!" e o rapaz "Senhora Barata Tonta, eu não quero destruir a vida de ninguém!" e a barata "Então não bebas o veneno, parvalhão! E depois eu é que sou a tonta?! Seu parvalhão, tens que beber o líquido que vês nas migas de espargos!" O rapaz incrédulo com a revelação da barata, pegou no prato das migas, bebeu o molho e ao primeiro contacto do molho com a sua língua, o seu tamanho foi diminuindo até ficar do mesmo tamanho da barata. "Seu parvalhão! A tua sorte é estares com os pés assentes no chão, se diminuísses de tamanho e ficasses em cima da mesa, queria ver como é que saías de lá sem a ajuda do avião. Parvalhão!" O rapaz agradeceu à barata e perguntou-lhe se ela queria passar para o lado de lá da portinhola e procurar o coelho de uma só pata com ele. A barata chorou de alegria, dançou a Macarena e disse-lhe "Obrigada! Quero muito, meu parvalhão!" Assim partiram os dois à aventura.



Ao passar a porta, que imediatamente deixou de existir assim que se fechou, o rapaz tropeçou naquilo que parecia uma corda de grandes proporções. Quando levantou o seu olhar para ver onde estava, viu-se num grande campo de malmequeres gigantes e verificou que a corda era o atacador do sapato de um homem gigante, com 1 metro 67 de altura, com um bigode farfalhudo que fazia dois caracolinhos de cada lado, um chapéu com uma grande aba, redondo e colorido e ouviu-o dizer para um pato "Raul, donde es la biblioteca?" Raul, o pato dos bigodes radares, respondeu "Não sei, mas vou executar uma dança que permite a aproximação de Deus Nosso Senhor, e através dos meus bigodes estabeleço o contacto directo com Deus Nosso Senhor e Ele dir-me-á onde é a biblioteca. Depois, estabeleço contacto contigo, também através dos nossos bigodes, e já não vais ter dúvidas relativas à localização da biblioteca." Diz o gigante com a sua voz esganiçada "Oh Muchacha!" e bateu as palmas.



As minhas sinceras desculpas pelo atraso. Não volta a acontecer.
Deixem sugestões para a continuação!
Para a semana há mais!

sábado, 23 de outubro de 2010

O meu primeiríssimo choque eléctrico.


Ao ver o que a minha colega Marta fez na semana passada, pensei algo que não vale a pena partilhar mas, pensei também algo que vale a pena.
A ideia de partilhar experiências nossas para que os outros possam aprender com elas, parece-me fascinante. Foi assim que me surgiu a ideia do meu primeiro choque eléctrico. Que não faço a mínima ideia quando terá sido nem como. Assim vou então falar do meu último choque eléctrico.
Esta semana armei-me em entendido dos candeeiros, só por aqui devia logo ter visto no que ia dar, e enquanto tentava perceber o porquê do bichano não acender, repetia o processo de ligar à tomada, dar ao botão, voltar a dar ao botão, desligar da tomada e mexer na lâmpada.
Então não é que às tantas, ligo à tomada, dou ao botão, volto a dar ao botão e mexo na lâmpada (espero que todos tenham reparado na ausência de um dos passos do processo), começo de imediato a ver toda a sala a tremer e a sentir-me a estrebuchar que nem um daqueles gajos que levam um valente choque eléctrico e começam a estrebuchar. Bem, lá consigo largar o candeeiro e penso cá para comigo:
Isto só não morre mais gente mesmo porque não calha.

E é só.
Mas não precisam de se habituar que isto não precisa de ser sempre assim.

E agora, vamos à poesia:

Era um vez
um gato maltês.
Fez-te respiração boca-a-boca
nem soube o que fez.

Maltês era tramado,
era marfado do juízo.
Para o pessoal estar avizado
carregava um guizo.

Andava daqui para ali,
andava daqui para além.
Havia alguém chamado Marli
mas isso não interessa a ninguém.

Uma amiga tinha maltês,
Marli era o seu nome.
Uma amizade que só não se desfez
porque a amiga lhe matava a fome.

Maltês era solteiro,
marli era solteira.
Maltês não tinha dinheiro,
marli pobretanas era.

FIM

E basta!

domingo, 17 de outubro de 2010

A História


Arranca hoje o conto que todos os Domingos por aqui irá surgir (esperamos). As sugestões dos leitores serão sempre tidas em conta, podendo ser, ligeiramente, alteradas e guardadas para um episódio seguinte. Como tal se a vossa ideia não surgir hoje, nada temam, pois irá ser, certamente, utilizada mais tarde.
Não se esqueçam que todas as semanas esperamos mais sugestões vossas, porque esta história é feita com base nas vossas sugestões.
Vamos à história.

Capítulo 1º – O Balneário Feminino

Todas as histórias têm um herói, nesta, infelizmente, ainda ninguém sabe se o vai ter ou não, mas tudo começa com o nosso protagonista, um jovem rapaz, e um plano perfeito, maravilhoso e lúdico: uma incursão ao balneário feminino.
A ideia era simples, entrar no balneário feminino, para ver se os balneários delas eram iguais aos deles e depois gabar-se aos companheiros da façanha. Assim o nosso corajoso rapaz partiu nessa sua demanda rumo ao desconhecido.
Ao chegar à porta, encostou o ouvido para se certificar que ninguém lá estaria dentro, em seguida olhou à volta e, com a respiração já acelerada, abriu a porta. À primeira vista parecia igual ao dos rapazes e a desilusão não poderia ser maior mas, uma vez que já ali estava, decidiu entrar, talvez lá dentro encontrasse aquele pormenor digno de ser contado a alguém.
Tinha dado apenas dois passos quando uma nuvem de fumo surgiu, mesmo na sua frente, afinal ainda iria ter algo para contar, da nuvem surgiu aquilo que parecia um ninja, com um barrete de campino, um dente de ouro, uma garrafa de Beirão e, ao que parece, duas palas nos olhos.
O rapaz por pouco não morreu de susto mas, recuperando a coragem, perguntou ao estranho personagem quem era e o que fazia ali. O ninja respondeu que era o porteiro do balneário feminino, existente em todos os balneários femininos, e impedia que os rapazes lá entrassem. De seguida pediu-lhe a senha de acesso. Achando aquilo um pouco estranho, o rapaz recuou, pronto a fugir daquele lugar maldito. Quando deveria estar a passar a porta, embateu na parede e ao virar-se para trás, verificou que a porta já lá não estava, no seu lugar estava agora uma parede.
Tu não és uma rapariga! - exclamou o ninja – Se fosses já me tinhas dito a senha. Ando eu aqui com duas palas nos olhos para não poder ver as raparigas e vens tu, um não-rapariga para o balneário?.
O rapaz estava agora em pânico, já não estava no balneário, mas sim numa outra sala. Antes de ter tempo de olhar à sua volta, ouviu a voz do ninja dizer-lhe para seguir o coelho quando acordasse.
Uma dor na cabeça e escuro. Era isto que o rapaz recordava quando acordou no chão frio da tal sala.
Levantou-se e inspeccionou a sala, tinha uma mesa e não parecia ter qualquer porta. Na mesa estavam um bolo, um frasco com um líquido lá dentro, umas migas de espargos com carne de porco à alentejana e um avião de papel.
O rapaz achou isto estranho, pois não via talheres em lado nenhum. Depois, voltando a olhar à volta, viu um portinhola, não maior que aquelas por onde os ratos entram nos filmes. De seguida viu um coelho, com uma única perna e uma pala no olho, sair debaixo da mesa e dirigir-se à porta. Antes de o rapaz conseguir perguntar o que quer que fosse, o coelho bebeu algo, encolheu e saiu pela portinhola, deixando-a aberta.

Não percam para a semana o 2º capítulo, a cargo da Marta e não se esqueçam de ir deixando sugestões.

sábado, 16 de outubro de 2010

O meu primeiríssimo beijo

(A verdade é que escrever textos para um blog com o título ‘toalhas de cozinha’ é estranho para mim. Mas vou tentar, avisando desde já, que é possível que eu seja fraquinha nisto.)


Eu, uma menina tão bonita e inocente, tive o meu primeiro beijo no Infantário O Caracol. Tinha eu uns escassos 4 anos e quase 1 metro de altura. Lembro-me estávamos a andar equilibrados no ancil do passeio que havia no recreio, e eu virei-me para trás e espetei um beijo na boca do João Pedro. É verdade, fui eu que avancei, não foi ele. E ele gostou.


Mas os meus colegas do infantário, invejosos e alcoviteiros, à hora da sesta começaram a chibar-se à minha educadora Manuela:

-Oh Man'ela! A Marta deu um beijo na boca do Joã… - mas antes que pudessem acabar esta frase, a Manuela deu um berro na sala d'os Peixinhos e disse:

-Tudo calado! Tudo a dormir! - e eu no meu canto, com o meu sorriso maléfico, ganhei o dia.





E é só.
Habituem-se, vai ser sempre assim.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Um Mundo Perfeito


Esta semana cheguei à conclusão que este nosso mundo está cheio de coisas perfeitas, não admira que tanta gente pense que teve que ser alguém a criar isto tudo.
Como prova disto mesmo, vejamos os cães e os gatos. Os cães perseguem os gatos e os gatos, que conseguem ir para sítios inalcançáveis aos cães, fogem para as árvores ou para os muros. Se fosse ao contrário e os gatos perseguissem os cães, estes estavam tramados.

E pronto, foi este o produto de uma semana de pensamentos e agora, vamos à poesia.

Amoras

Hoje fui colher amoras,
já as não colhia desde a última vez,
atirei-me ao silvado
e apanhei duas ou três.

Hoje fui colher amoras,
muita colhi em criança,
cheguei a casa e mamei-as
foi até encher a pança.

Hoje fui colher amoras
e fiquei todo contente
mas fiquei um pouco lixado
com uma presa no dente.

Hoje fui colher amoras.
Tão bonitas que elas são
Espetei uma farpa num dedo
entalei logo a mão.

Hoje fui colher amoras
e amoras eu colhi.
Cheguei a casa para almoçar
e o almoço eu comi.

Hoje fui colher amoras
a ouvir ovelhas bebé.
Vou acabar o poema aqui.
Ná poi não! Ai não que não é.
E por esta semana, basta!