domingo, 17 de outubro de 2010

A História


Arranca hoje o conto que todos os Domingos por aqui irá surgir (esperamos). As sugestões dos leitores serão sempre tidas em conta, podendo ser, ligeiramente, alteradas e guardadas para um episódio seguinte. Como tal se a vossa ideia não surgir hoje, nada temam, pois irá ser, certamente, utilizada mais tarde.
Não se esqueçam que todas as semanas esperamos mais sugestões vossas, porque esta história é feita com base nas vossas sugestões.
Vamos à história.

Capítulo 1º – O Balneário Feminino

Todas as histórias têm um herói, nesta, infelizmente, ainda ninguém sabe se o vai ter ou não, mas tudo começa com o nosso protagonista, um jovem rapaz, e um plano perfeito, maravilhoso e lúdico: uma incursão ao balneário feminino.
A ideia era simples, entrar no balneário feminino, para ver se os balneários delas eram iguais aos deles e depois gabar-se aos companheiros da façanha. Assim o nosso corajoso rapaz partiu nessa sua demanda rumo ao desconhecido.
Ao chegar à porta, encostou o ouvido para se certificar que ninguém lá estaria dentro, em seguida olhou à volta e, com a respiração já acelerada, abriu a porta. À primeira vista parecia igual ao dos rapazes e a desilusão não poderia ser maior mas, uma vez que já ali estava, decidiu entrar, talvez lá dentro encontrasse aquele pormenor digno de ser contado a alguém.
Tinha dado apenas dois passos quando uma nuvem de fumo surgiu, mesmo na sua frente, afinal ainda iria ter algo para contar, da nuvem surgiu aquilo que parecia um ninja, com um barrete de campino, um dente de ouro, uma garrafa de Beirão e, ao que parece, duas palas nos olhos.
O rapaz por pouco não morreu de susto mas, recuperando a coragem, perguntou ao estranho personagem quem era e o que fazia ali. O ninja respondeu que era o porteiro do balneário feminino, existente em todos os balneários femininos, e impedia que os rapazes lá entrassem. De seguida pediu-lhe a senha de acesso. Achando aquilo um pouco estranho, o rapaz recuou, pronto a fugir daquele lugar maldito. Quando deveria estar a passar a porta, embateu na parede e ao virar-se para trás, verificou que a porta já lá não estava, no seu lugar estava agora uma parede.
Tu não és uma rapariga! - exclamou o ninja – Se fosses já me tinhas dito a senha. Ando eu aqui com duas palas nos olhos para não poder ver as raparigas e vens tu, um não-rapariga para o balneário?.
O rapaz estava agora em pânico, já não estava no balneário, mas sim numa outra sala. Antes de ter tempo de olhar à sua volta, ouviu a voz do ninja dizer-lhe para seguir o coelho quando acordasse.
Uma dor na cabeça e escuro. Era isto que o rapaz recordava quando acordou no chão frio da tal sala.
Levantou-se e inspeccionou a sala, tinha uma mesa e não parecia ter qualquer porta. Na mesa estavam um bolo, um frasco com um líquido lá dentro, umas migas de espargos com carne de porco à alentejana e um avião de papel.
O rapaz achou isto estranho, pois não via talheres em lado nenhum. Depois, voltando a olhar à volta, viu um portinhola, não maior que aquelas por onde os ratos entram nos filmes. De seguida viu um coelho, com uma única perna e uma pala no olho, sair debaixo da mesa e dirigir-se à porta. Antes de o rapaz conseguir perguntar o que quer que fosse, o coelho bebeu algo, encolheu e saiu pela portinhola, deixando-a aberta.

Não percam para a semana o 2º capítulo, a cargo da Marta e não se esqueçam de ir deixando sugestões.

3 comentários:

  1. Acho que podiam incluir uma "panzueira" embrulhada em papel de jornal em vez de ser em papel manteiga, que todos os dias tinha o mesmo anuncio de encontros sexuais do Correio da Manhã, comprada numa padaria cujo dono e único trabalhador era um caçador de javalis sem um braço. Mantendo sempre a questão no ar "como é que ele faz o pão? sim, nunca ninguém questionava o facto de ele caçar javalis. A resposta a esta pergunta está no jornal que envolve a "panzueira"... Sempre o mesmo anuncio, apesar de o jornal ser sempre o do próprio dia...

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  2. Não me digam que com tanto animal não há espaço para uma barata tonta...?xD

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  3. Eu gostava que houvesse um personagem mexicano! Tem de ter um bigode ridículo e dizer a frase “Raul, donde es la biblioteca?” … e já agora se não for pedir muito podia gritar com uma voz esganiçada “muchacha”

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